quarta-feira, 20 de julho de 2011

orin t´orisá bará

Yemonjá a mãe cujo os filhos são peixes



Yemoja
Aspectos Gerais
Dia: Sexta
Data: 02 de fevereiro
Metal: Prata e Prateados.
Pedra: Água marinha.
Cor: Branco, cristal, azul e rosa
Comida: Ebô de milho branco e cocada, manjar branco com leite de coco e açúcar, acaçá, peixe de água salgada, bolo de arroz e melancia
Símbolo: Abebé prateado.
Elementos: águas doces que correm para o mar, águas do mar
Região da África: Egbà e Abeokunta
Pedras: cristal e água marinha
Folhas: pata-de-vaca, umbaúba, mentrasto
Odú que rege: Yorosun
Domínios: maternidade (educação), saúde mental e psicológica
Saudação: Erù-Iyá, Odó-Iyá, omi odô

Orígem e História

No Brasil, é muito venerada, e seu culto tornou-se quase independente do culto africanista. É representada como uma sereia de longos cabelos pretos. Rege a maternidade, é mãe dos peixes que representam fecundidade. Seu dia é sexta. Nas grandes "obrigações", são oferecidos cabra branca, pata ou galinha branca. Gosta muito de flores e é costume oferecer-lhe de quatro a sete rosas brancas abertas, que são jogadas ao mar para agradecimento. Sua cor é o branco com azul. Usa um ADÉ com franjas de miçangas que esconde o rosto. Leva na mão o BÉBÊ -- leque ritual de metal prateado de forma circular, com uma sereia recortada no centro.
YEMANJÁ, por presidir a formação da individualidade, que como sabemos está na cabeça, está presente em todos os rituais, especialmente o BORI.
È a rainha de todas as águas do mundo, seja dos rios, seja as do mar. Seu nome deriva da expressão YéYé Omó Ejá, que significa, mãe cujo filhos são peixes. Na África era cultuada pelos egbá, nação Iorubá da região de Ifé e Ibadan onde se encontra o rio Yemojá. Esse povo se tranferiu para a região de Abeokutá, levando consigo os objetos sagrados da deusa, e foram depositados no rio Ogum, o qual, diga-se de passagem, não tem nada a ver com o Orixá Ogum, apesar de no Brasil Yemojá ser cultuada nas águas salgadas, sua orígem é de um rio que corre para o mar. Inclusive, todas as suas saudações, orikís e cantigas remetem a essa orígem, Odó Iyà por exemplo, significa mãe do rio, já a saudação Erù Iyà faz alusão às espumas formadas do encontro das águas do rio com as águas do mar, sendo esse um dos locais de culto a Yemonjá.Yemonjá é a mãe de todos os filhos, mãe de todo mundo; É ela quem sustenta a humanidade e, por isso, os órgão que a relacionam à maternidde, ou seja, sua vulva e seus seios chorosos, são sagrados.Yemonjá que se estende na amplidão,Aiyabá que vive na água funda,Faz amata virar estrda, Bebe cachaça na cabaça, Permanece plena em presença do rei.Yemonjá se vira quando vem a ventania,Gira e rodopia em volta da vila.Yemonjá descontente destrói pontes.Come na casa, come no rio...Mar, dono do mundo,Que sra qualquer pessoa.Velha dona do mar.Fêmea flauta, acorda em acordes na csa do rei,Descansa qualquer um em qualquer terra.Cá na terra, cala-à flor-dàgua, fala...
Yemonjá é o espelho do mundo, que reflete todas as diferenças, pois a ãe é sempre um espelho para o filho, um exemplo de conduta. Ela é a mãe que orienta, que mostra os caminhos, que educa, e sabe, sobre tudo, explorar as potencialidades que estão dentro de cada um, como fez com os guerreiros de Olofin, mostrando o quanto eram bons em seus ofícios, mas dizendo, ao mesmo tempo, que a guerra maior é a que travamos contra nós mesmos.Yemonjá foi violentada por seu próprio filho, Orugan; Dessa relação incestuosa nasceram diversos Orixás e deus seios rasgados jorraram todos os rios do mundo. Yemonjá acabou se desmanchando em suas próprias lágrimase trasformando-se num rio que correu em direção ao oceano. Por tanto não é por acaso que as lágrimas e o mar tem o mesmo sabor.Dissimulada, e aridlosa, Yemonjá faz uso da chantagem afetiva para manter os filhos sempre perto de sí.vÉ conciderada a mãe da maioría dos Orixás de Orígem Iorubá. É o tipo de mãe que quer os filhos sempre por perto, que tem uma palavra de carinho, um conselho, um alívio psicológico. Quando os perde é capaz de desequilibrar-se completamente.Yemonjá é a mãe que não faz distinção dos seus filhos, sejam como forem, tenham ou não saído de seu ventre. Quando humildemente criou, com todo amor e carinho, aquele menino cheio de chagas, fez irromper um grande guerreiro. Yemonjá criou Omulu, o filho de senhor, o rei da terra, o próprio SOL.

Oxalá Oxaguian Osagian Obokum




Aspectos Gerais

Dia: domingo
Data: 15 de janeiro
Metal: Todos os metais brancos.
Pedras: Cristal, quartzo, diamante, segi
Cor: Branco leitoso e prata
Comida: Inhame pilado ebo de milho branco axoxo de milho branco
Símbolos: espada, mão-de-pilão, varas de atorí, ofá
Elementos: ar, atmosfra
Região da África: Ejigbó
Folhas: Levante e arruda
Odú que rege: Ejionilé
Domínior: lutas diárias (pelo sustento, trabalho), paz, alimentação
Saudação: Epa Bàbá

Orígem e História

OXALÁ é o detentor do poder genitor masculino. Todas suas representações incluem o branco. E um elemento fundamental dos primórdios, massa de ar e massa de água, a protoforma e a formação de todo tipo de criaturas no AIYE e no ORUN. Ao incorporar-se, assume duas formas: OXAGUIÃ jovem guerreiro, e OXALUFÃ, velho apoiado num bastão de prata (APAXORÓ). OXALÁ é alheio a toda violência, disputas, brigas, gosta de ordem, da limpeza, da pureza. Sua cor é o branco e o seu dia é a sexta-feira. Seus filhos devem vestir branco neste dia. Pertencem a OXALÁ os metais e outras substâncias brancas. Na África, todos os Orixás relacionados a criação são designados pelo nome genérico de Orixá Fun Fun. O mais importante entre todos eles chama-se Orixalá(Òrìsanlà), ou seja, o grande Orixá, que nas terras de Igbó e Ifé é cultuado cmo Obatalá, rei do pano branco. Eram cerca de 154 Orixás Fun Fun, mas no Brasil a quantidade se reduz significativamete, sendo que dois, Orixá Olùfón, rei de Ifón (Oxalufã), Orixá Ógìyán, o comedor de inhame e rei de Egigbó(Oxaguiã), tornaram-se suas expressões mais conhecidas.A designação de Orixá Fun Fun se deve ao fato de a cor branca configurar-se como a cor da criação, guardando a essência de todas as demais. O brando representa todas as possibilidades, a base de qualquer criação. O nome Orisanlá foi contraído e deu orígem a palavra Oxalá, e com esse nome o grande Deus-pai passoua ser conhecido no Brasil. Todos os Orixás Fun Fun foram reunidos em Oxalá e divididos em várias qualidades de suas duas configurações principais: Òsálufón, Osagiyan, sendo este último, jovem e grerreiro, filho do primeiro mais velho e paciencioso.Todas as histórias que relatam a criação do mundo passam necessariamente por Oxalá, que foi o primeiro Orixá concebido por Olodumaré e encarregado de criar não só o universo, como todos os seres, todas as coisas que existiríam no mundo. A maior interdição de Oxalá é de fato o azeite-de-dendê, que jamais deve macular suas roupas, seus objetos sagrados, e muito menos o seu Alá. A ú nica coisa vermelha que Oxalá permite, é a pena de Ikodidè, prova de sua submissão ao poder genitor feminino. Epó kété ó, Alà telè óEpó kété ó, Alà telè ó...Evite o dendê, evite pisar no AláEvite o dendê, evite pisar no Alá.
O Alá representa a própria criação, está intimamente relacionado a concepção de cada ser; é a síntese do poder criador masculino. Sua função primeira já remete ao seu significado profundo. A ação de cobrir não evoca somente proteção, zelo, denota a atividade masculina no ato sexual.
No Xirê Oxalá é homenageado por último porque é o grande símbolo da síntese de todas as orígens. Ele representa a totalidade, o único Orixá que, como Exú, reside em todos os seres humanos. Todos são seus filhos, todos são irmãos, já que a humanidade vive sob o meso teto, o grande Alá que nos cobre e protege, o céu.