domingo, 29 de abril de 2012

Exú Veludo


Pertence à Linha das Encruzilhadas.

É assistente imediato do Exu Rei das 7 Encruzilhadas.

Obedece á Ogum Rompe Mato


Entidade de grande seriedade e exigente,aprecia muito a responsabilidade de seus médiuns,lutando por eles em qualquer dificuldade.Trabalha com objetivo de trazer muita prosperidade a todos que lhe procuram,quando adota alguém como seu protegido traz grande crescimento material e espiritual,especialista no conhecimento das ervas,trás poderosos banhos,chás e muitos patuás para seus consulentes,aconselha com muita firmeza entendendo das teimosias humanas.Trabalhador incansável
trabalha pela luz e prosperidade,tendo sobre seus domínios grandes falanges muito bem organizadas.




Histórias de espírito Exu Veludo 
Homem alto, esquio, moreno, nobre, viveu no século XVI, na Inglaterra-Europa, vivia entre a 
realeza onde tratava dos negócios do Rei (cobrador de impostos e jurista), foi muito rico, vestiase sempre com muito luxo e elegância, homem de finos tratos e com gosto, tinha bom trato ao 
falar, com sua voz firme e aveludada, diz-se que é daí que veio seu nome de Exu. 
Apresenta-se na Umbanda sempre severo e enérgico, tem grande atuação em causas judiciais, 
trabalha na quimbanda em muitos caminhos tais como:  
Exu Veludo da Meia Noite 
Exu Veludo Cigano 
Exu Veludo 7 Encruzilhadas 
Exu Veludo Menino (Veludinho) 
Exu Veludo dos 7 Cruzeiros 
Exu Veludo das Almas 
Exu Veludo dos Infernos 
Exu Veludo da Kalunga 
Exu Veludo da Praia 
Exu Veludo do Oriente 
Exu Veludo Sigatana 
Exu Veludo do Lixo
É uma das entidades mais procuradas e amadas na quimbanda. 
♫ PONTO ♫
            Comigo ninguém pode 
            mas eu posso com tudo. 
            Lá na minha encruzilhada 
            eu sou Veludo.  
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Este Exu, vem das costas orientais da África, era swahili (negro arabizado). Usa um turbante na 
cabeça, e lindos tecidos de veludo trazidos de oriente, que lhe valeram o apelido na Kimbanda de 
"veludo" Dado a sua forma luxuosa de se vestir, no estilo muçulmano, muitos que viram seu tipo 
de apresentação através da mediunidade, o confundiram com um cigano e o associaram com os 
mesmos. Isto não significa que não trabalhe com os ciganos, ao contrário, tem inclusive uma 
passagem ou caminho que se apresenta como um. 
Tem muitos conhecimentos sobre feitiços que se fazem utilizando panos, tigelas, agulhas, pembas 
e outros ingredientes. Abre os caminhos e limpa trabalhos negativos feitos nos cemitérios. Gosta 
de um bom whisky e grossos charutos.  






É comum a lembrança sempre da última encarnação, num espírito caído e renascido das trevas. Mas seria 
impossível contar esta história sem lembrar de duas últimas reencarnações... Vamos chamá-lo de Veludo,
desde já, pois não fui autorizada a revelar sua verdadeira identidade. Ocupava um dos mais altos postos entre 
os soldados de Roma, tinha trinta anos quando presenciou a Paixão e Morte de Cristo. Pena? Quase nenhuma, 
tinha um ódio sem razão que crescia a cada dia do povo judeu. Não se abalou com a comoção e nem com o 
sofrimento do Inocente. 
Durante vários anos continuou a perseguição implacável aos cristãos, matava por prazer, sentia o gosto do 
sangue em sua boca e isto lhe fazia chegar ao ápice da glória. Morreu aos setenta e cinco anos, sozinho e 
leproso. O corpo totalmente deformado, mas a mente sempre perversa.  
Ficou por muitos séculos, pagando em outras esferas, seus débitos aqui contraídos. Sofreu muito, se redimiu e 
por volta de 1900 teve a oportunidade de reencarnar na Alemanha, filho de um Oficial do Exército e de uma 
dona de casa. Veludo sempre foi muito calado e tímido, extremamente inteligente, tinha uma paixão por armas 
de fogo, confeccionava-as com pedaços de madeira, galhos de árvores e depois com pedaços retorcidos de
metal. Passava horas admirando as antigas armas do pai. Assim que pode se alistou no Exército, era 
apaixonado por isto. Se tornou um dos mais fiéis e dedicados membros da Corporação. Seu comportamento 
agressivo foi se aflorando. Matava animais com muita vontade, seus olhos brilhavam de prazer. Estoura a II 
Guerra Mundial. Veludo, agraciado por seu comportamento exemplar torna-se o homem de confiança de Adolf 
Hitler. Estava casado há quatro anos e tinha três filhos.  
A partir deste momento, a violência e a revolta contra os judeus explodiram na mente do soldado. Cometeu 
todas as espécies de barbárie.. Praticava tiro ao alvo da janela de seu quarto com crianças e mulheres judias 
presas nos campos de concentração. Estourava miolos de pais na presença de filhos, mulheres na presença de 
maridos e sentia o prazer de matar crescer a cada dia. Vibrava com cada vítima que chorava, esperneava e 
implorava pela vida.  
Até que entre as mulheres que iriam para a câmara de gás, um par de olhos muito azuis, chamaram sua 
atenção. Era uma judia russa que estava prestes a morrer. Sem conseguir explicar o porque, Veludo se 
apaixonou. E se odiou por isto, amava e odiava com a mesma intensidade. Ele simplesmente não conseguia
ser bom. Separou a moça nua das outras e levou-a para seus aposentos. O amor era violento, selvagem, 
misturava-se com o ódio que sentia por aquela mulher ser judia. Por dez dias, alegando estar adoentado, 
recolheu-se com a moça judia. Quanto mais a amava, mais seu ódio crescia. Seviciou, abusou, e fez com que a 
moça sofresse toda a sorte de humilhações, até que a matou. Corroia-se de amor, de ódio e de remorso. 




 Ficou mais violento mais amargo e mais cruel.  
Com o fim da II Guerra os militares alemães foram perseguidos e capturados. Veludo conseguiu fugir, pediu 
ajuda a sua esposa que o escondeu em uma velha casa da família. Informada das atrocidades praticadas pelo 
marido e da traição, cega de ciúme entregou-o aos soldados inimigos. Juntamente com outros oficiais alemães, 
foi colocado em um paredão e recebeu vários tiros, depois foi jogado em uma vala muito funda, porém não 
morreu imediatamente, ficou muitos dias, coberto com os outros mortos, se asfixiando aos poucos, quanto mais 
força fazia para respirar, mais sentia a podridão humana, o sangue fétido e o cheiro de morte.  
Morreu.  




A sensação que tinha era que se afogava no lodo, que cheirava forte, e quase o impedia de respirar. Bem...Este 
sofrimento na esfera mais negra da existência vamos deixar para uma outra parte da história.  
Passado mais de quarenta anos, Veludo foi resgatado de seu sofrimento por Sr. Ogum Rompe Mato e trazido 
para trabalhar na casa do Pai Três Cachoeiras. Iria incorporar em uma médium que entraria em breve na 
corrente.  
Desde 1992, Exu Veludo presta serviço à Luz no Terreiro de Umbanda Caboclo Três Cachoeiras e Mestre 
Jesus. Hoje totalmente transformado coloca a caridade acima de qualquer obstáculo e trabalha muito. Já
pertence a Ordem dos Cavalheiros mas não quer deixar a casa que tanto lhe ajudou e que tanto ama e a 
médium a quem devota tanta admiração.  
Por alguns meses sua ex-esposa, trabalhou como Exu Mulher na mesma casa, incorporando na mesma 
médium, veio se desculpar por ter entregado seu marido, levada pelo ciúme. Conseguiu seu perdão e hoje está 
em outra esfera astral praticando também a caridade.  
Ao oficial alemão que viveu e compactuou com um dos momentos mais negros e sofridos da História Mundial 
foram atribuídas mais de mil mortes. Sendo a maioria crianças, mulheres e idosos. Todos judeus.  
Texto escrito por Dagmar Hernandes.  
História contada pelo Exú Veludo.