domingo, 9 de outubro de 2011

Ibedji



 São divindades gêmeas infantis, é um ORIXÁ duplo e têm seu próprio culto, obrigações, e iniciação dentro do ritual.
Divide-se em masculino e feminino, (gêmeos).
. Os ORIXÁS gêmeos protegem os que ao nascer perderam algum irmão (gêmeo), ou tiveram problemas de parto. Em algumas casas de candomblé são referidos como ERÊS (crianças) que se manifestam após a chegada do ORIXÁ chamado de axé, erês ou axêros.
. A palavra Igbeji que dizer gêmeos e o orixá IBEJI é o único permanentemente duplo. Forma-se a partir de duas entidades distintas que coexistem, respeitando o princípio básico da dualidade.
. No ALTO CANDOMBLÉ são cultuados como Xangô e ou Oxum crianças.
Os IBEJIS são saudados em rituais específicos de Oxum e, nos grandes sacrifícios dedicados a ela, também recebem oferendas. Porém na verdade são ORIXÁS independentes dos erês.
. Por serem gêmeos, estão ligados ao princípio da dualidade e de tudo que vai nascer, brotar e criar.
Na África, as crianças representam a certeza da continuidade, por isso os pais consideram seus filhos sua maior riqueza. Preocupar-se com os sustento das crianças é freqüente entre os povos negros, haja a vista a miséria das cidades africanas e a situação do negro na escravidão e na diáspora.
. Os ORIXÁS IBEJIS são os que indicam a contradição, os opostos que caminham juntos a dualidade de todo o ser humano, mostrando que todas as coisas, em todas as circunstâncias, tem dois lados e que a justiça só pode ser feita se as duas medidas forem pesadas, se os dois lados forem ouvidos.
Na África, os IBEJIS são indispensáveis em todos os cultos. Merecem o mesmo respeito dispensado a qualquer Orixá, sendo cultuados no dia-a-dia. ELES não exigem grandes coisas, seus pedidos são sempre modestos; o que espera como, todos os Orixás, é serem lembrados e cultuados.
. O poder dos IBEJIS jamais pode ser negligenciado, pois o que um orixá faz os IBEJIS podem desfazer, mas o que os IBEJIS fazem nenhum outro ORIXÁ desfaz. E mais: eles se consideram os donos da verdade. Existe uma confusão latente entre o Orixá IBEJI e os Erês. É evidente que há uma relação, mas não se trata da mesma entidade.
. O Erê é o intermediário entre a pessoa e seu Orixá, é o aflorar da criança que cada um guarda dentro de si; reside no ponto exato entre a consciência da pessoa e a inconsciência do orixá. É por meio do Erê que o Orixá expressa sua vontade, que o noviço aprende as coisas fundamentais do candomblé, como as danças e os ritos específicos de seu ORIXÁ.
. Os IBEJIS gostam de estar no meio de muita gente, das atividades esportivas, sociais e das festas. Os IBEJIS, na nação Ketu, é o orixá criança. É a divindade da brincadeira, da alegria; sua regência está ligada à infância. Os Ibejis estão presentes em todos os rituais do Candomblé, pois, assim como Exu, se não forem bem cuidados podem atrapalhar os trabalhos com suas brincadeiras infantis, desvirtuando a concentração dos membros de uma Casa de Santo. É o orixá que rege a alegria, a inocência, a ingenuidade da criança. Sua determinação é tomar conta do bebê até a adolescência, independente do orixá que a criança carrega.
. Ibeji é tudo de bom, belo e puro que existe; uma criança pode nos mostrar seu sorriso, sua alegria, sua felicidade, seu engatinhar, falar, seus olhos brilhantes. Na natureza, a beleza do canto dos pássaros, nas evoluções durante o vôo das aves, na beleza e perfume das flores. A criança que temos dentro de nós, as recordações da infância. Feche os olhos e lembre-se de uma felicidade, de uma travessura e você estará vivendo ou revivendo uma lenda desse orixá. Pois tudo aquilo de bom que nos aconteceu em nossa infância, foi regido, gerado e administrado por Ibeji. Portanto, ele já viveu todas as felicidades e travessuras que todos nós, seres humanos, vivemos.

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